O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) afastou dez deputados estaduais da Assembléia Legislativa. O desembargador Antônio Sapucaia da Silva acatou o pedido do procurador-geral de Justiça Coaracy Fonseca, que se baseou em investigações da Polícia Federal sobre um desvio de R$ 280 milhões da folha de pagamento da Casa.
De acordo com a PF, o dinheiro era lavado na compra de carros de luxo, mansões e fazendas. Os bens eram adquiridos por meio de empréstimos bancários, contraídos por servidores "laranjas", "fantasmas" ou assessores parlamentares.
Para a PF, o chefe do suposto esquema é o presidente da Assembléia, deputado Antônio Albuquerque (DEM, que nega as acusações. O parlamentar já havia sido afastado do cargo anteriormente por uma decisão da Justiça, mas seu nome consta no pedido do procurador-geral.
Outros dois deputados, João Beltrão (PMN) e Marcos Ferreira (PMN), foram indiciados pela PF depois que o Ministério Público entrou com ação no TJ-AL. O desembargador Sapucaia não especificou se a decisão inclui os dois.
O desembargador Sapucaia disse não estar feliz com a própria decisão. "Isso não me dá nenhum orgulho porque gosto de Alagoas e nasci aqui. Na verdade, nunca queria ter de julgar uma ação desse tipo", afirmou.
À ação cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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