Preso na sede da Polícia Federal em Brasília, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), pode alegar que sofre estresse na cadeia para ser transferido a uma clínica particular, caso os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitem, na tarde de hoje, o pedido de habeas corpus dele, que é acusado de obstruir as investigações do mensalão do DEM.
Pela manhã, a batalha será na Câmara Legislativa, que vota o pedido de impeachment de Arruda, suspeito de comandar o esquema de corrupção. Ontem, ele enviou documento à Corte e ao Legislativo em que assume o compromisso de manter-se, em caso de soltura, licenciado do cargo até o fim das investigações.
Novos caminhos
Apesar das promessas e dos argumentos jurídicos, os advogados já estão preparados para uma derrota no STF e articulam novos caminhos: pedir a revogação da prisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo cárcere do governador, ou uma saída médica, em que Arruda seria transferido para uma clínica particular sob a condição de preso.
Os ministros do STJ, que já sinalizaram que aceitam libertá-lo em troca da renúncia ao cargo, não veem com simpatia a proposta de uma “licença até o fim das investigações”.
A cartada do problema de saúde é uma etapa intermediária para evitar uma decisão radical. Clínicas renomadas de Brasília já foram sondadas por emissários do governador sobre a possibilidade de recebê-lo na eventualidade de a Justiça aceitar a alegação de que ele não terá condições de saúde para continuar na PF.
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