Os números da última pesquisa Datafolha alimentaram no comando da campanha do PSDB o medo de abstenção entre os eleitores de José Serra para a Presidência.
O temor é que, com o sentimento de fato consumado, os eleitores de Serra deixem de votar para viajar no feriado.
Abatido com o resultado, o comando da campanha levará ao ar comercial conclamando o eleitor a ir às urnas. Ainda que lancem dúvidas sobre as pesquisas, tucanos reconhecem que a divulgação de uma vantagem de 12 pontos para Dilma, a uma semana da eleição, pode desestimular não só a militância mas também o eleitor.
O foco de preocupação é o Estado de São Paulo, onde Serra lidera as pesquisas e é grande o volume dos que viajam nos feriados.
Como Serra conta com mais votos do que Dilma entre os eleitores com renda superior a dez salários mínimos, a perda seria maior para a campanha do PSDB.
IMPACTO
O partido conclui hoje um levantamento sobre o impacto do potencial de abstenção nos diferentes Estados. Entre tucanos mais otimistas, a esperança é que os eleitores do PT relaxem com a confiança de vitória.
Nas duas últimas eleições presidenciais, o índice de abstenção foi maior no segundo turno em comparação ao primeiro. Em 2002, saltou de 17,73% para 20,45%.
Em 2006, passou de 16,73% para 18,97%.
O risco de desânimo do eleitor não é a única fonte de preocupação do PSDB. Por mais que contestem as pesquisas, tucanos reconhecem que Serra não tem esboçado sinal de crescimento nos últimos levantamentos e admitem a dificuldade de uma virada caso não ocorra um fato novo até a eleição.
"Está difícil. Mas a esperança é a última que morre", afirmou o presidente do PSDB de São Paulo, deputado Mendes Thame. No comando da campanha, a avaliação é ainda a de que Dilma poderá crescer na reta final, caso cristalizada a chance de vitória.
Em Porto Alegre, Serra afirmou que há "uma crise nas pesquisas" de intenção de voto. Questionado sobre o Datafolha, que dá a adversária petista 12 pontos à frente nos votos válidos, Serra disse que os institutos têm errado "fragorosamente".
PESQUISAS "As pesquisas erraram incrivelmente no primeiro turno, o Ibope errou até na pesquisa de boca de urna. Há institutos sérios, como o Datafolha, e institutos menos sérios, que são mais alugados por partidos e governos, como o Vox Populi. Mas hoje está todo mundo meio perdido nessa matéria", disse.
Indagado se poderia, em nove dias, reverter a tendência, o tucano disse que "não se vira resultado das pesquisas", mas "ganha-se o voto das pessoas".
"Está voltando [no segundo turno] o mesmo esquema de ilusão das pesquisas", afirmou, defendendo mobilização porque "o que resolve é o voto no dia [31]".
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pediu que os aliados não se deixem influenciar pelas pesquisas. Um dos coordenadores da campanha, o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira endossou a estratégia, afirmando que, se dependesse das pesquisas, não estaria eleito.
1 comments:
O currículo do tukano foi insuficiente pois lhe faltou humildade ao se defrontar com a representante da MULHER BRASILEIRA!Ele errou quando se deparou com a presença dela,achando que estávamos vivendo no século XV!!!
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