Mortos-vivos deixam a tumba. Uma penca deles. Cercam o casal aflito e... começam a dançar. O videoclipe de "Thriller", no começo dos anos 1980, foi um terremoto para uma geração inteira. Uma esquisitice que arrastou legiões de fãs no mundo todo.
Nos Estados Unidos, na Alemanha, no Japão e na Tailândia, garotos e garotas passavam tardes inteiras tentando imitar os passos inventados por Michael Jackson, o "moonwalk". O sujeito parecia andar para a frente, mas ia mesmo para trás.
Quantos brasileiros não terão sido batizados de Michael, ou Maicon, em homenagem ao cantor norte-americano? É difícil entender o que estava por trás de tanto sucesso e carisma. É mais fácil entender, pelo exemplo do popstar, como tanta badalação pode ter um lado cruel.
Jackson chegou ao auge muito jovem. E aí começou a derrocada. Foi perdendo a cor, afinando o nariz, mudando o corpo de todas as formas. Nos hábitos de vida, era frescura que não acabava mais. Enfrentou denúncias de pedofilia e sonegação de impostos. Perdeu dinheiro --e mesmo assim continuou muito rico.
Como sabemos de tudo isso? Porque uma celebridade desse porte não tem muita privacidade. Tudo o que faz, tudo mesmo, é registrado nas câmeras e nas páginas de jornais, revistas e na internet. E a agonia de Michael Jackson é a parte final do videoclipe que foi a sua vida.
O show acabou anteontem, de surpresa, em Los Angeles. Mas todos os lances desse espetáculo podem ser vistos e revistos. Estão ao alcance de um clique.
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