O presidente da República em exercício, José Alencar, reiterou ontem, em Belo Horizonte, que se a população for consultada, defenderá a possibilidade de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ressaltar que o governo não tem legitimidade para falar em nova reeleição - a hipótese não está prevista na Constituição - Alencar insistiu na tese do desejo popular pela manutenção de Lula no poder.
"Se houver uma pergunta ao povo brasileiro, o povo vai responder que gostaria que o Lula ficasse no poder mais tempo. Por que o povo brasileiro responderia isso? Responderia isso por uma razão muito simples: o governo é bom, como nunca houve", disse.
Para o presidente em exercício, Lula mostrou habilidade no exterior e garantiu respeito ao País. "Isso para não dizer o que ele faz no campo social aqui dentro. Então, é natural que as pessoas, se fossem perguntadas, é muito natural que dissessem: nós gostaríamos que o Lula ficasse por mais tempo."
No entanto, ao ser perguntado sobre um eventual referendo sobre o assunto, Alencar esquivou-se: "Eu nem posso falar isso. Eu sou vice-presidente da República."
SINTOMAS
Sobre seu próprio futuro, Alencar condicionou uma nova candidatura nas eleições do próximo ano à cura do câncer, contra o qual luta desde 1997. "Se não estiver curado, não poderei levar qualquer proposta ao eleitor. Não seria honesto."
Recentemente, o vice-presidente foi submetido a exames que comprovaram a volta de tumores. "Não tenho nenhum sintoma, porque eu tenho nada em nenhum órgão vital, está tudo bem. Mas o câncer está aí."
DILMA
Alencar mais uma vez disse que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que passa por tratamentos contra um câncer detectado no sistema linfático, "está curada", rejeitando eventual plano B para a sucessão presidencial.
Esta semana a ministra foi internada depois de sentir fortes dores nas pernas. "Ela está curada, o caso dela foi um efeito colateral da quimioterapia", afirmou, brincando que devido ao longo tratamento a que é submetido, já se considera "quase oncologista". "Sei que o caso dela é um caso absolutamente dominado."
Em obras
Desocupado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há pouco mais de um mês, para início das reformas, o Palácio do Planalto começou a receber tapumes. A reforma, orçada em cerca de R$ 100 milhões, foi iniciada pelo Exército e deve ser concluída em abril do ano que vem.
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