O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu hoje em Riad, na Arábia Saudita, durante discurso para empresários árabes e brasileiros, que os países em desenvolvimento apliquem recursos de suas reservas internacionais na indústria, na educação e em tecnologia, ao invés de apenas investir em títulos do Tesouro americano e receber rendimentos deles. "Se nós construirmos fábricas, se investirmos em ciência e tecnologia, se fizermos universidades, se investirmos na indústria de produção de alimentos, certamente daqui a 20 ou 30 anos a Arábia Saudita e o Brasil serão infinitamente melhores do que são hoje", afirmou Lula, ressaltando que o Brasil tem poucas reservas (cerca de US$ 200 bilhões), mas que a Arábia e a China "têm muito".
Durante boa parte dos 20 minutos de discurso no almoço oferecido pelo Conselho de Câmaras de Comércio e Indústria de Riad, Lula destacou o esforço brasileiro em ampliar as relações comerciais com outros países ou blocos econômicos fora do eixo dos mais desenvolvidos. "Durante mais de um século, a cabeça brasileira esteve voltada apenas para os Estados Unidos e a Europa. A gente não enxergava o Oriente Médio, a América do Sul e África como oportunidade", comparou. Para Lula, essa posição estava equivocada porque a relação com os países mais desenvolvidos é desigual. "Exatamente pelo fato desses países serem mais desenvolvidos e todo o mundo ter relações com eles, fica cada vez mais difícil que um país como a Arábia Saudita e como o Brasil coloque seus produtos industrializados nesses países. Eles detêm mais conhecimento tecnológico do que nós", afirmou Lula, reforçando que os dois países não querem ser apenas exportadores de matérias-primas e de commodities.
Lula destacou a iniciativa do Brasil na tentativa de estreitar esses laços com o mundo árabe, destacando a realização da 1ª Cúpula América do Sul - Países Árabes (Aspa), que aconteceu em Brasília em 2005. "Naquele tempo, os Estados Unidos pensavam que o encontro era contra os Estados Unidos e Israel pensava que era contra Israel. E a gente não queria fazer o encontro contra ninguém, o encontro era favorável a nós, pra discutir os nossos problemas". Segundo o presidente, essa cúpula abriu as portas, uma vez que um segundo encontro aconteceu em março passado, em Doha, no Catar, com muito mais participação árabe e da América do Sul. "As pessoas estão descobrindo que precisam buscar novas parceiras no mundo globalizado. Poucos países detém o monopólio da negociação, da produção e da tecnologia".
O presidente da República disse esperar mais experiências e trocas de informações entre empresários, especialistas e cientistas dos dois países e arrancou aplausos e risos dos presentes num improviso. "Muita gente vê pela televisão vocês árabes vestidos desse jeito e pensa que vocês são muito estranhos ao Brasil. E vocês não são estranhos ao Brasil. O Brasil tem mais árabes do que em muitos países árabes", destacou.
Durante boa parte dos 20 minutos de discurso no almoço oferecido pelo Conselho de Câmaras de Comércio e Indústria de Riad, Lula destacou o esforço brasileiro em ampliar as relações comerciais com outros países ou blocos econômicos fora do eixo dos mais desenvolvidos. "Durante mais de um século, a cabeça brasileira esteve voltada apenas para os Estados Unidos e a Europa. A gente não enxergava o Oriente Médio, a América do Sul e África como oportunidade", comparou. Para Lula, essa posição estava equivocada porque a relação com os países mais desenvolvidos é desigual. "Exatamente pelo fato desses países serem mais desenvolvidos e todo o mundo ter relações com eles, fica cada vez mais difícil que um país como a Arábia Saudita e como o Brasil coloque seus produtos industrializados nesses países. Eles detêm mais conhecimento tecnológico do que nós", afirmou Lula, reforçando que os dois países não querem ser apenas exportadores de matérias-primas e de commodities.
Lula destacou a iniciativa do Brasil na tentativa de estreitar esses laços com o mundo árabe, destacando a realização da 1ª Cúpula América do Sul - Países Árabes (Aspa), que aconteceu em Brasília em 2005. "Naquele tempo, os Estados Unidos pensavam que o encontro era contra os Estados Unidos e Israel pensava que era contra Israel. E a gente não queria fazer o encontro contra ninguém, o encontro era favorável a nós, pra discutir os nossos problemas". Segundo o presidente, essa cúpula abriu as portas, uma vez que um segundo encontro aconteceu em março passado, em Doha, no Catar, com muito mais participação árabe e da América do Sul. "As pessoas estão descobrindo que precisam buscar novas parceiras no mundo globalizado. Poucos países detém o monopólio da negociação, da produção e da tecnologia".
O presidente da República disse esperar mais experiências e trocas de informações entre empresários, especialistas e cientistas dos dois países e arrancou aplausos e risos dos presentes num improviso. "Muita gente vê pela televisão vocês árabes vestidos desse jeito e pensa que vocês são muito estranhos ao Brasil. E vocês não são estranhos ao Brasil. O Brasil tem mais árabes do que em muitos países árabes", destacou.
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