Cerca de cem moradores da favela Paraisópolis (zona sul) fizeram ontem à tarde um protesto contra a falta de segurança de um alojamento provisório da Prefeitura de São Paulo. No final de semana, uma mulher morreu em um incêndio. Os manifestantes pediam novas moradias.
O alojamento fica dentro da favela e abriga 48 famílias -cada uma em uma moradia, com sala, banheiro e área de serviço. As famílias foram retiradas de áreas da favela que passam por urbanização. Parte está lá há dois anos e já deveria ter recebido novas casas há um ano. A prefeitura não soube dizer o número de pessoas nessa situação.
Na madrugada de sábado, uma das moradias pegou fogo, matando Maria de Lourdes Silva, 56, que habitava o local fazia dois anos. Não havia extintor de incêndio.
A prefeitura diz que o equipamento não é necessário porque cada moradia tem saída para a rua, o que facilita a fuga. Em menos de oito meses, foi o segundo incêndio.
No protesto, os moradores andaram até um canteiro de obras na favela, onde havia funcionários da prefeitura. Eles se revoltaram quando os servidores tentaram deixar o local e cercaram dois deles.
A polícia foi chamada e, em menos de dez minutos, chegaram quase 30 homens da PM e da Guarda Civil. Não houve confrontos. Segundo a prefeitura, uma servidora recebeu uma pedrada na cabeça. Os moradores negam.
A prefeitura disse que estuda retirar as famílias do alojamento ainda em maio e oferecer uma verba de aluguel enquanto não são ofertadas moradias definitivas.
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