segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Deputado dá R$ 560 mil a firma-fantasma


O deputado federal José Vieira (PR-MA) repassou R$ 560 mil da verba de custeio de atividade parlamentar a uma empresa-fantasma. Durante dois anos, Vieira, que tem avião próprio, simulou despesas com afretamento de aeronaves para seus deslocamentos no Maranhão.

Os pagamentos foram feitos à Discovery Transporte e Logística, uma suposta empresa de táxi aéreo, que só existe no papel.

A Discovery não possui avião, nem sede, nem funcionários. O endereço que consta como sede da empresa na Receita Federal é uma residência em um conjunto habitacional simples, em São José do Ribamar, na região metropolitana de São Luís.

A empresa foi registrada em nome de um piloto que prestava serviços ao deputado em Bacabal, cidade maranhense da qual Vieira já foi prefeito.

O piloto, José Joaquim Nina, morreu no início do ano, mas já não pilotava havia muito tempo. Mesmo depois da morte dele, os pagamentos à empresa continuaram.

SEM REGISTRO

A Discovery é conhecida das empresas de táxi aéreo regulares do Maranhão como empresa de fachada que vende notas fiscais.

No aeroporto de São Luís, a Infraero informou que a Discovery não faz voos. Ela também não tem registro na Anac (Agência Nacional de Avião Civil) como empresa de táxi aéreo.

Já o deputado possui um avião Sêneca modelo 34-220T, no valor de R$ 607 mil, conforme consta na declaração de bens que ele apresentou à Justiça Eleitoral no ano passado.

O principal item de despesa do deputado pago com a cota parlamentar é a contratação do suposto serviço da Discovery. Os gastos começaram a ser lançados em julho de 2009. Em alguns meses, foram mais de R$ 60 mil. Neste ano, a Câmara pagou R$ 83 mil de notas da Discovery.

A cota parlamentar para os deputados federais do Maranhão é de R$ 31.637 por mês. A verba é para cobrir gastos com alimentação, hospedagem, passagens aéreas, combustível, afretamento de avião e outras despesas.

O único item da cota que tem limite de gasto é o combustível (R$ 4.500 por mês).

Se o congressista gastar abaixo da cota em um mês, a diferença é acumulada para os meses seguintes.

A norma da Câmara é de que o deputado não pode usar a cota parlamentar para despesas com campanha eleitoral. Porém, em 2010, ano eleitoral, Vieira apresentou R$ 333 mil em notas da Discovery.

A TAM chega ao metrô


A companhia aérea TAM - que, desde a época do tapete vermelho, ficou conhecida como a mais sofisticada do setor - começou a vender passagens de promoção no metrô de São Paulo no último sábado. O primeiro quiosque foi instalado na estação Itaquera e já está prevista a expansão para as estações Ana Rosa e São Bento.

Ao mesmo tempo, a TAM começa uma ofensiva nos meios de comunicação: vai divulgar suas ofertas diariamente na internet e semanalmente na TV, jornais e revistas. A estratégia de conquista da classe C começou em 2010, depois de uma parceria para a venda de passagens na Casas Bahia. "Queremos mostrar que a TAM é para todo mundo", diz Renato Ramos, gerente de marketing da empresa.

Dessa forma, a TAM quer se aproximar do público cativo de sua grande concorrente, a Gol - que, aliás, já vende passagens no metrô de São Paulo. "A percepção de que a Gol é mais barata vem diminuindo, segundo as nossas pesquisas", diz Rodrigo Trevizan, gerente de novos canais da TAM, em um sinal de que a briga pelo pessoal da nova classe média está cada vez mais intensa.

domingo, 14 de agosto de 2011

Duas contas


A doutora Dilma precisa chamar para um almoço o doutor Mauricio Ceschin, diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. No segundo semestre do ano passado Ceschin conseguiu receber R$ 14 milhões dos planos de saúde, cobrando-lhes o que devem ao SUS pelo atendimento aos seus clientes. Ele desdenha a relevância desse mecanismo, dizendo que, no máximo, renderia R$ 100 milhões anuais. Alckmin quer privatizar 25% dos serviços de 52 unidades entregues a organizações sociais no Estado de São Paulo e seu governo sustenta que, com isso, a Viúva poderá recuperar R$ 468 milhões só em São Paulo.
Qual das duas contas está certa? É o ressarcimento da ANS que não funciona ou Alckmin está prometendo outra coisa?

A fila


A doutora Dilma mudou o título do hospital Instituto Nacional de Câncer, acrescentando-lhe o nome do vice-presidente José Alencar.
Ideia pior seria difícil. Se Alencar fosse um cliente do SUS e recorresse à fila do Inca, esperaria algo como dois meses para a primeira operação e faria uma série de quimioterapia.
Dificilmente faria a segunda cirurgia (fez 13, uma das quais com 17 horas de duração). Também não receberia as drogas que recebeu, nem conseguiria cerca de vinte internações.
José Alencar, como a própria Dilma Rousseff, só recebeu o atendimento que teve porque foi para o Hospital Sírio Libanês, da rede privada. Ambos são exemplos do contrário do que a homenagem pretende.
Restará ao pessoal que ficará na fila do "José Alencar" apenas uma piada: "Se nós pudéssemos, faríamos como ele, iríamos para o Sírio".

Ver e Rever Copyright © 2011 | Template created by Ver e Rever | Powered by Blogger