sábado, 2 de junho de 2012

Máfia das Ambulâncias: MP-SP quer irmã de Edir Macedo entre réus


O Ministério Público Federal em São Paulo divulgou na quinta-feira que pediu a inclusão de dois ex-deputados federais como réus na ação que tramita na Advocacia Geral da União e que investiga o caso conhecido como máfia das sanguessugas - esquema criminoso de compra de ambulâncias. A ex-deputada Edna Bezerra Sampaio Fernandes, conhecida como Edna Macedo, irmã do bispo Edir Macedo, e o ex-deputado Marcos Roberto Abramo, então integrante da bancada evangélica, apresentaram emendas individuais ao orçamento federal de 2004, que, segundo o MP-SP, beneficiaram o esquema.

A ex-deputada Edna Macedo apresentou emenda no valor de R$ 60 mil em benefício do município de Pirapora de Bom Jesus. A ação de improbidade administrativa, proposta contra os dois ex-deputados, trata de atos praticados na concessão e execução de dois convênios firmados entre este município e o Ministério da Saúde e Fundo Nacional de Saúde, para a compra de ambulâncias.

O ex-deputado federal Marcos Roberto Abramo apresentou emenda no valor de R$ 160 mil em benefício da Associação Beneficente Cristã (ABC). A ação proposta pela AGU analisa atos criminosos na concessão e execução de quatro convênios pela ABC.

"Ao descrever os autores dos atos de improbidade administrativa, a AGU deixou de tratar dos políticos responsáveis pelas emendas orçamentárias", disse o procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana, autor dos pedidos. "A inclusão das emendas no orçamento foi ato imprescindível para a liberação dos valores", apontou ele.

Máfia das Sanguessugas
A Operação Sanguessuga foi desencadeada pela Polícia Federal em Mato Grosso e apurou um grande esquema de fraudes em licitações no Ministério da Saúde. A ação criminosa teria sido liderada pelos sócios da empresa Planam, sediada naquele Estado, que teria desviado recursos públicos para pagamentos a parlamentares que propusessem emendas orçamentárias para a compra de ambulâncias para prefeituras ou organizações sociais.

Segundo o MP-SP, as licitações para as compras dos veículos eram todas acertadas com empresas ligadas ao esquema e as propostas de convênio feitas em conluio entre os principais responsáveis pela empresa Planam e a prefeitura ou entidade social beneficiada. Geralmente, as ambulâncias não vinham com os equipamentos médicos ou odontológicos necessários e o dinheiro que seria destinado aos equipamentos não adquiridos era rateado entre os participantes de cada esquema.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A 'vingança' do PT

Sete anos depois da divulgação de um vídeo em que o diretor dos Correios Maurício Marinho era flagrado embolsando R$ 3 mil - o que deu origem ao mensalão -, vem aí a CPI da Vingança. Os petistas triturados pela CPI dos Correios veem no inquérito que vai apurar as relações de Carlinhos Cachoeira a chance de ir à forra contra a oposição.

Já os oposicionistas enxergam na CPI a possibilidade de encurralar o PT e até chegar ao Planalto, porque as empresas e os negócios de Cachoeira ultrapassam as divisas de Goiás. Só a Delta Construções, citada na Operação Monte Carlo, recebeu R$ 4,13 bilhões do governo federal de 2007 para cá. Além do mais, o advogado de Cachoeira é ninguém menos que Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do governo Lula. E Cachoeira foi um "parceiro" de Waldomiro Diniz, que habitava a cozinha do Planalto em 2004.

Peemedebistas experientes, como Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), avaliavam ontem que o PT deu um passo arriscado, pois CPI não é coisa boa nem quando é a favor e o único consenso é o de que ninguém sabe como ela vai terminar. Fala-se em nova "CPI do fim do mundo", com acusações e dossiês por todo lado.

O PT age agora movido pelo trauma da CPI dos Correios, que arrebentou a cúpula do partido e cassou seu ministro mais poderoso. Nesse clima de rancor, os petistas aceitam até abrir uma CPI que pode implicar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que não há muito a fazer se Agnelo estiver mesmo implicado: "Paciência, (ele) sabia dos riscos."

domingo, 1 de abril de 2012

Turista brasileiro 'AAA' é 3º do mundo

Brasileiros dispostos a pagar diárias que podem chegar a € 11 mil (R$ 26,7 mil) por uma suíte são a bola da vez no mercado mundial de hotelaria de luxo.

Disputada pelos mais requintados hotéis, a clientela do Brasil ocupa a terceira posição no ranking de reservas do The Leading Hotels of the World (LHW). O selo reúne alguns dos mais sofisticados estabelecimentos do mundo.

De 2010 para 2011, o faturamento local do LHW cresceu 16,26%.

No ano passado, o escritório brasileiro bateu o recorde de US$ 31 milhões (R$ 56,5 milhões) em reservas.

"Somos a meca dos clientes VIPs e só estamos atrás de Estados Unidos e Reino Unido como fornecedores de hóspedes para os nossos 400 hotéis em 80 países", diz João Annibale, presidente-executivo do Leading no Brasil.

Entre os hotéis que mais receberam brasileiros no ano passado está o francês Le Bristol, do grupo alemão Oetker Collection.

Oetker Hotel Collection


Cenário do filme "Meia- Noite em Paris", de Woody Allen, o hotel viu a quantidade de hóspedes do Brasil saltar de 3% para 10% em 2011. "Nos últimos três anos, a clientela brasileira cresceu de 10% a 15% a cada ano. Hoje, representa 3.000 diárias anuais", diz Alain Brière, vice-presidente de vendas.

De olho nesse potencial, o grupo trabalha em terras brasileiras a venda da nova joia da coroa: o Hotel Palais Namaskar, em Marrakesh, a ser inaugurado no dia 6.
 The Palais Namaskar


ITÁLIA EM PRIMEIRO

Nenhum destino, no entanto, bate a Itália na preferência dos brasileiros endinheirados em suas férias cinco estrelas no exterior.

No levantamento do Leading, os hotéis italianos foram os que mais receberam reservas. O destino foi responsável por US$ 6,5 milhões (R$ 11,8 milhões) em vendas no escritório brasileiro, um crescimento de 42% em relação ao ano anterior.

No topo da preferência entre os estabelecimentos mais luxuosos da Itália está o Grand Hotel Quisisana, na ilha de Capri. É um dos mais frequentados pela arquiteta Bya Barros. Ela já se hospedou nos hotéis tops da Leading na Itália, em um giro que inclui Toscana e Sardenha.
Grand Hotel Quisisana


"Os hotéis são todos deslumbrantes. Cada um oferece uma emoção diferente. Você entra em outro mundo, cheio de detalhes", diz Bya.

Ela conta ter chorado ao entrar na Paltrow Penthouse Suíte do Capri Palace.

Com uma vista privilegiada da baía de Nápoles, a suíte de 160 m², que leva o nome da atriz Gwyneth Paltrow, é a mais cara do hotel: diária de € 6.500 (R$ 15,8 mil), com direito a piscina privativa e teto retrátil que permite dormir sob o céu estrelado.

O hotel de 78 quartos é comandado por Tonino Cacace. No mês passado, ele visitou São Paulo na companhia de outros cinco donos de hotéis que fazem parte do Leading.

Segundo Cacace, os brasileiros respondem por 6% da clientela do Capri Palace e já superaram os russos (4,5%). A expectativa é que, em 2012, os clientes do Brasil alcancem 8% do total de hóspedes. "É um público sofisticado, que gosta de comer bem e quer privacidade", diz.

Julia Roberts e Leonardo Di Caprio já estiveram no Beach Club do hotel, com vista para a gruta Azul.
Beach Club do hotel


No ano passado, o advogado Roberto Podval turbinou o crescimento verde-amarelo no Capri Palace. Ofereceu hospedagem para 200 convidados do seu casamento.

sábado, 31 de março de 2012

Demóstenes teria pedido favorecimento em licitação da Copa 2014

O senador Demóstenes Torres teria pedido ao contraventor Carlinhos Cachoeira que ajudasse a agência de publicidade de um amigo a conseguir contratos em Mato Grosso para a Copa do Mundo, segundo matéria publicada, neste sábado, na revista Época, com base em gravações feitas pela Polícia Federal. A conversa teria ocorrido no dia 11 de abril de 2011, quando Demóstenes pede ajuda a Cachoeira para vencer uma licitação para prestação de serviços marketing relacionados à Copa do Mundo de 2014.

Essa é apenas mais uma denúncia contra o senador que teria feito lobby em favor de Cachoeira no Congresso, Anvisa e Infraero. Sobre a relação com Cachoeira, Demóstenes disse que conversa apenas trivialidades e admitiu ter ganhado de presente de casamento um fogão e uma geladeira importados do contraventor. O senador teria ainda um aparelho rádio habilitado nos EUA, apenas para as conversas com Cachoeira.

Senado estuda dificultar progressão de pena para presidiários

A comissão de juristas criada pelo Senado para atualizar o Código Penal estuda alterar uma parte sensível da lei: a progressão de pena para presidiários. Hoje, o Código Penal prevê a progressão, que pode levar o detento ao regime semiaberto ou aberto, após o cumprimento de um sexto da pena.

De acordo com o promotor de Justiça de Goiás, Marcelo André de Azevedo, o estado atual da lei é preocupante. "É um ponto de endurecimento da legislação penal. O prazo atual de apenas um sexto é, a meu ver, um estímulo á criminalidade no país", apontou.

Para crime hediondo, no entanto, a progressão deve se manter. Hoje, quem pratica estes crimes consegue a progressão apenas após cumprir dois quintos da pena, caso seja réu primário. Do contrário, só com três quintos.

PPS pede explicações a Stepan Nercessian sobre dinheiro de Cachoeira


O Partido Popular Socialista (PPS) anunciou neste sábado que vai pedir explicações formais, por meio de seu Conselho de Ética, ao deputado federal Stepan Nercessian (PPS-RJ). O parlamentar confirmou, ao jornal Folha de S. Paulo, ter recebido R$ 175 mil do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal.

De acordo com a assessoria do partido, Stepan terá uma semana para enviar explicações ao partido sobre sua situação. O Conselho de Ética do PPS analisará o caso. Nercessian solicitou o seu afastamento de todos os cargos ocupados no partido.

De acordo com o deputado, o dinheiro emprestado seria usado para a aquisição de um imóvel residencial. Ele disse que havia solicitado um empréstimo bancário, mas como não tinha garantias de seu recebimento, recorreu ao empresário para não perder o negócio. Como o empréstimo do banco foi aprovado, Stepan acabou devolvendo o dinheiro de Cachoeira.

Ver e Rever Copyright © 2011 | Template created by Ver e Rever | Powered by Blogger