quarta-feira, 11 de abril de 2012

A 'vingança' do PT

Sete anos depois da divulgação de um vídeo em que o diretor dos Correios Maurício Marinho era flagrado embolsando R$ 3 mil - o que deu origem ao mensalão -, vem aí a CPI da Vingança. Os petistas triturados pela CPI dos Correios veem no inquérito que vai apurar as relações de Carlinhos Cachoeira a chance de ir à forra contra a oposição.

Já os oposicionistas enxergam na CPI a possibilidade de encurralar o PT e até chegar ao Planalto, porque as empresas e os negócios de Cachoeira ultrapassam as divisas de Goiás. Só a Delta Construções, citada na Operação Monte Carlo, recebeu R$ 4,13 bilhões do governo federal de 2007 para cá. Além do mais, o advogado de Cachoeira é ninguém menos que Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do governo Lula. E Cachoeira foi um "parceiro" de Waldomiro Diniz, que habitava a cozinha do Planalto em 2004.

Peemedebistas experientes, como Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), avaliavam ontem que o PT deu um passo arriscado, pois CPI não é coisa boa nem quando é a favor e o único consenso é o de que ninguém sabe como ela vai terminar. Fala-se em nova "CPI do fim do mundo", com acusações e dossiês por todo lado.

O PT age agora movido pelo trauma da CPI dos Correios, que arrebentou a cúpula do partido e cassou seu ministro mais poderoso. Nesse clima de rancor, os petistas aceitam até abrir uma CPI que pode implicar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que não há muito a fazer se Agnelo estiver mesmo implicado: "Paciência, (ele) sabia dos riscos."

domingo, 1 de abril de 2012

Turista brasileiro 'AAA' é 3º do mundo

Brasileiros dispostos a pagar diárias que podem chegar a € 11 mil (R$ 26,7 mil) por uma suíte são a bola da vez no mercado mundial de hotelaria de luxo.

Disputada pelos mais requintados hotéis, a clientela do Brasil ocupa a terceira posição no ranking de reservas do The Leading Hotels of the World (LHW). O selo reúne alguns dos mais sofisticados estabelecimentos do mundo.

De 2010 para 2011, o faturamento local do LHW cresceu 16,26%.

No ano passado, o escritório brasileiro bateu o recorde de US$ 31 milhões (R$ 56,5 milhões) em reservas.

"Somos a meca dos clientes VIPs e só estamos atrás de Estados Unidos e Reino Unido como fornecedores de hóspedes para os nossos 400 hotéis em 80 países", diz João Annibale, presidente-executivo do Leading no Brasil.

Entre os hotéis que mais receberam brasileiros no ano passado está o francês Le Bristol, do grupo alemão Oetker Collection.

Oetker Hotel Collection


Cenário do filme "Meia- Noite em Paris", de Woody Allen, o hotel viu a quantidade de hóspedes do Brasil saltar de 3% para 10% em 2011. "Nos últimos três anos, a clientela brasileira cresceu de 10% a 15% a cada ano. Hoje, representa 3.000 diárias anuais", diz Alain Brière, vice-presidente de vendas.

De olho nesse potencial, o grupo trabalha em terras brasileiras a venda da nova joia da coroa: o Hotel Palais Namaskar, em Marrakesh, a ser inaugurado no dia 6.
 The Palais Namaskar


ITÁLIA EM PRIMEIRO

Nenhum destino, no entanto, bate a Itália na preferência dos brasileiros endinheirados em suas férias cinco estrelas no exterior.

No levantamento do Leading, os hotéis italianos foram os que mais receberam reservas. O destino foi responsável por US$ 6,5 milhões (R$ 11,8 milhões) em vendas no escritório brasileiro, um crescimento de 42% em relação ao ano anterior.

No topo da preferência entre os estabelecimentos mais luxuosos da Itália está o Grand Hotel Quisisana, na ilha de Capri. É um dos mais frequentados pela arquiteta Bya Barros. Ela já se hospedou nos hotéis tops da Leading na Itália, em um giro que inclui Toscana e Sardenha.
Grand Hotel Quisisana


"Os hotéis são todos deslumbrantes. Cada um oferece uma emoção diferente. Você entra em outro mundo, cheio de detalhes", diz Bya.

Ela conta ter chorado ao entrar na Paltrow Penthouse Suíte do Capri Palace.

Com uma vista privilegiada da baía de Nápoles, a suíte de 160 m², que leva o nome da atriz Gwyneth Paltrow, é a mais cara do hotel: diária de € 6.500 (R$ 15,8 mil), com direito a piscina privativa e teto retrátil que permite dormir sob o céu estrelado.

O hotel de 78 quartos é comandado por Tonino Cacace. No mês passado, ele visitou São Paulo na companhia de outros cinco donos de hotéis que fazem parte do Leading.

Segundo Cacace, os brasileiros respondem por 6% da clientela do Capri Palace e já superaram os russos (4,5%). A expectativa é que, em 2012, os clientes do Brasil alcancem 8% do total de hóspedes. "É um público sofisticado, que gosta de comer bem e quer privacidade", diz.

Julia Roberts e Leonardo Di Caprio já estiveram no Beach Club do hotel, com vista para a gruta Azul.
Beach Club do hotel


No ano passado, o advogado Roberto Podval turbinou o crescimento verde-amarelo no Capri Palace. Ofereceu hospedagem para 200 convidados do seu casamento.

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