sábado, 27 de fevereiro de 2010

Vossa Excelência é um fanfarrão

Com pose de estadista a mascarar o semblante de canastrão, ele discorre sobre a crise política na capital do país. Esbanja indignação. "É tão vergonhoso, é tão escandaloso, meu Deus do céu, como pode chegar nisso aí?" Não há nada de excepcional no desabafo do ex-governador. Declarações parecidas são ouvidas em conversas de botequim, gabinetes ministeriais e nos intervalos das peladas de fim de semana. São uma espécie de senso comum. Passariam despercebidas não fosse um detalhe: tão vergonhoso ou escandaloso quanto o momento vivido por Brasília é o fato de Roriz se apresentar como vestal à sociedade. Como se nada tivesse a ver com o quadro de falência institucional no DF. Coisas de um fanfarrão, diria Capitão Nascimento.

Primeiro governador preso em meio a um processo de corrupção e afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), José Roberto Arruda (ex-DEM) cresceu na política pelas mãos de Roriz. Entre outras funções, foi seu secretário de Obras. Responsável pelas gravações que provocaram a queda de expoentes do Executivo e do Legislativo, Durval Barbosa presidiu a Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan) entre 1999 e 2006, quando Roriz estava à frente do Palácio do Buriti. A digital do ex-governador é facilmente identificada nesta crise. Mais importante: aparece em outras denúncias de desvio de recursos públicos e afronta à legalidade.

A lista é extensa. Vai da negligência com a grilagem a supostos avanços sobre o erário. Em 2007, por exemplo, Roriz renunciou ao mandato de senador para fugir da cassação de mandato e não perder o direito de disputar eleições até 2022. Tomou a decisão depois da divulgação de conversas telefônicas nas quais aparecia negociando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura.

Com um currículo desses, não seria mais razoável submergir e assistir aos desdobramentos da novela do panetone nos bastidores? Não seria recomendável "trabalhar em silêncio", como dizem os políticos, do que sair a campo para tripudiar do cidadão brasiliense? Tachado de jeca pela oposição, Roriz não é um grande orador nem dotado de capacidade gerencial para resolver os problemas da população.

Mas tem tino para aproveitar as oportunidades.

Com a propaganda eleitoral do PSC, faz uma aposta de alto risco. Ao mesmo tempo em que tira um sarro daqueles que conhecem seu passado, ciente do risco de ser atacado por isso, ocupa o vácuo da política no Distrito Federal. Emerge como opção de salvação da capital. Apresenta-se como solução num momento em que seus adversários tradicionais - PT, PSB e PCdoB - batem cabeça e estão à margem do páreo. E deixa claro para os distritais que está pronto para ser aclamado governador em eventual eleição indireta, dando a cara a tapa em nome da preservação da engrenagem que montaram nos últimos anos.

De quebra, o ex-governador ainda reforça sua condição de favorito na eleição direta prevista para outubro. Avança a passos largos favorecido pelo encolhimento dos adversários.

Nessa toada, só será barrado por uma intervenção: federal, da dobradinha Justiça-Polícia Federal ou do próprio eleitor.

Não custa torcer para que isso ocorra. Afinal, como bem dito na propaganda, haverá punição aos culpados. "Por um lado, eu fico com uma profunda decepção. Por outro, cheio de esperança que a Justiça cumpra seu dever", afirma Roriz na televisão.

A esperança também é nossa, governador.

Até logo Depois de dois anos e meio, deixo o Correio - desculpemme o clichê - em busca de novos desafios. Aos colegas de redação, um abraço pelo companheirismo ao longo da caminha

Tão escandaloso quanto o momento vivido por Brasília é o fato de Roriz se apresentar como vestal à sociedade. Como nada tivesse ver com o quadro de falência institucional no DF. Coisas de um fanfarrão, diria Capitão Nascimento.Correio

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Na escolinha do professor Serra e Kassab, Mães não encontram vagas para alunos

Está difícil conseguir uma vaga na rede municipal para crianças que têm seis anos e são indicadas atualmente para cursar a 1ª série. A procura aumentou neste ano em função de implementação da Lei 11.274, que institui a obrigatoriedade de nove anos de ensino fundamental em todo do país e transformou o antigo pré no primeiro ano. Esse novo modelo de educação visa garantir mais tempo de estudo às crianças.

Os municípios tiveram quatro anos para programar as adaptações necessárias. A capital optou em colocar o novo modelo em prática apenas neste ano --prazo máximo estabelecido pela legislação aprovada em fevereiro de 2006. Pelas regras válidas atualmente, crianças que completaram seis anos até 8 de fevereiro precisam ser matriculadas em Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental). Antes, essa faixa etária era aceita na pré-escola.

Escolas não têm carteiras adequadas

As escolas da rede municipal e estadual de São Paulo ainda não estão preparadas, segundo professores e pais, para receber as crianças de seis anos no ensino fundamental. Muitas ficam sentadas em cadeiras de adultos sem conseguir alcançar o pé no chão.

"Elas são pequenas, não aguentam ficar cinco horas aqui. Estão sempre inquietas, incomodadas. Depois do lanche, coçam o olho de sono", conta Maria, professora de uma escola em Cidade Dutra (zona sul de SP). Com a mudança, a ideia era que houvesse uma adaptação para receber as crianças mais novas, o que não ocorreu.

Desemprego tem menor taxa para janeiro: 7,2%

O mercado de trabalho brasileiro começou o ano aquecido. A taxa de desemprego de janeiro foi de 7,2%, a mais baixa para o mês desde 2003, informou ontem o IBGE. No mesmo mês de 2009, ficara em 8,2%. Frente a dezembro, a desocupação subiu, o que ocorre todo início de ano, diante da dispensa de trabalhadores temporários contratados para o período de Natal. Porém, este ano, a alta sazonal no desemprego em janeiro foi a menor já captada pelo levantamento.

Em dezembro, o desemprego estava no menor nível da série histórica, atingindo 6,8% da força de trabalho das seis regiões metropolitanas acompanhadas pelo IBGE.

Anteontem, o Dieese divulgou a sua taxa de desemprego, que também foi a menor para janeiro desde 1998, ficando em 12,6%. E, na semana passada, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 181 mil empregos com carteira assinada em janeiro, o melhor resultado para o mês desde 1992, quando teve início a estatística.

Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), afirma que o cenário mais favorável da economia está se refletindo no mercado de trabalho. Ainda há 1,687 milhão de trabalhadores desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, mas esse contingente chegou a superar dois milhões entre março e maio do ano passado.

- Por fatores sazonais, o desemprego sempre sobe em janeiro, mas, no mês passado, essa elevação foi a menor desde 2003 (a pesquisa começou em março de 2002).

Outro sinal positivo do levantamento apareceu na qualidade do emprego, segundo Azeredo. Das 451 mil vagas abertas em um ano, na comparação com janeiro de 2009, 73,8% foram com carteira assinada: - Os resultados mostram o mercado de trabalho com mais vigor, tanto que a absorção de temporários foi mais intensa que nos outros anos.

O diretor do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia, afirma que os números de janeiro indicam que 2010 poderá ser o melhor ano do mercado de trabalho desde que existe a atual pesquisa do IBGE.

- No início de 2009, era impensável falar na criação de um milhão de vagas formais, como aconteceu (no ano passado). Poderemos ter a menor taxa de desemprego da pesquisa.

Mesmo com a inflação maior em janeiro, o rendimento médio do trabalhador subiu 1,1%, refletindo a dispensa de temporários, que ganham menos. Esse movimento fez a média dos salários aumentar de R$ 1.359,17 para R$ 1.373, de dezembro para janeiro. Já na comparação com janeiro de 2009, houve queda de 0,4% na renda. A massa de salários (total dos rendimentos de todos os ocupados) cresceu 2,1% frente a janeiro de 2009.

- Isso indica que a demanda na economia continuará aquecida - diz Saboia.

Indústria espera aumento de produção e emprego O otimismo dos industriais brasileiros recuou ligeiramente em fevereiro, para 67,8 pontos, contra 68,7 em janeiro. Mas a confiança em relação ao desempenho da economia neste ano continua elevada, bem acima da média de 50 pontos, em uma escala de zero a cem, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado ontem pla Confederação Nacional da Indústria (CNI).

- As empresas estão esperando um bom ano, com aumento de produção, de horas trabalhadas e do nível de emprego - disse o economista da CNI, Flávio Castelo Branco.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Apareceu!

E a Alda Marco Antônio, hein?!

Está adorando todo esse babado de cassação em SP.

Só assim a vice-prefeita ganhou visibilidade no governo Kassab:

80% dos paulistanos nem sabiam que ela existia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sabesp leiloa duas primeiras PCHs com investimento de R$ 27 milhões

A Sabesp assina hoje o primeiro contrato para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), seguindo um plano da companhia para aproveitar o potencial de geração da sua rede de distribuição. Lançada no fim do ano passado, a licitação foi vencida pelas empresas Tecniplan e Servtec, que ofereceram à Sabesp a maior parcela da energia gerada - 23%, frente a um mínimo de 20% previsto no edital.

A licitação abrange duas centrais hidrelétricas com potencial de geração de 7 megawatts (MW), o suficiente para alimentar uma cidade com 100 mil habitantes. Uma das usinas será instalada na estação de tratamento do Guaraú, na Serra da Cantareira, com potencial de 4 MW. Trata-se da maior unidade de tratamento da Sabesp - abastece 8,8 milhões de habitantes. A outra usina será instalada na estação de tratamento do Atibainha, também do sistema Cantareira.

O investimento exigido pelos projetos, calcula a Sabesp, é de R$ 27 milhões, e a receita total com a venda da energia pode chegar a R$ 8 milhões ao ano. A concessão vai até 2030, e as obras devem durar dois anos e dez meses.

Com mais experiência em térmicas, as empresas vencedoras devem estrear como operadoras de PCHs. Segundo o presidente da Tecniplan, Marcos Nascimento, o projeto é inovador, e pode ser expandido para outras concessionárias ou para mais estações da própria Sabesp, que no momento está levantando o potencial de outros pontos da rede. "Com o projeto a Sabesp usa uma energia renovável que estava pronta para ser aproveitada", diz.

Telefonia e internet no Brasil estão entre as mais caras do mundo

Custo dos serviços vem caindo, mas brasileiro ainda paga 10 vezes mais que um europeu para falar no celular

O preço que o brasileiro paga pelos serviços de telecomunicações (internet banda larga, telefonia fixa e celular) caiu no ano passado em relação a 2008. Mesmo assim, o Brasil ainda tem um dos custos mais altos do mundo para esses serviços e o acesso ao celular no Brasil ainda está uma década atrasado em comparação aos países lideres no uso da tecnologia.

O alerta faz parte do raio x anual produzido pela União Internacional de Telecomunicações sobre tecnologias da informação, considerada a avaliação mais completa do mercado. Para a entidade, o Brasil ainda não completou sua liberalização do mercado para operadores, e a falta de concorrência em algumas áreas ainda é um obstáculo. A taxa de penetração de celulares, por exemplo, é equivalente ao que Hong Kong, Itália, Luxemburgo ou Emirados Árabes tinham em 2000.

O Brasil subiu de forma marginal no ranking que mede a preparação de cada país em termos de tecnologia de comunicação, passando do 61º lugar para o 60º entre 2008 e 2009. Mas o País ainda não voltou à posição que tinha em 2002, quando estava entre as 50 economias mais competitivas nesse setor. O motivo da queda seria a relativa baixa educação da população, que prejudica o uso de novas tecnologias.

Outro fator é o custo ainda cobrado por operadoras que prestam serviços de comunicações. No geral, um brasileiro gasta 4,1% de sua renda para pagar por tecnologias de comunicação, taxa superior à de 86 outros países. A taxa é a pior entre os países do Bric, e perde também para Argentina e Irã, por exemplo. Proporcionalmente, um brasileiro gasta mais de dez vezes o que um cidadão europeu ou canadense gasta para se comunicar. Mas a boa notícia é que o custo vem caindo. Em 2008, o custo era de 7,6% da renda do brasileiro.

Segundo a UIT, o preço médio do serviço celular no Brasil caiu 25% em comparação à renda da população - mesma queda verificada na média mundial. Hoje, um brasileiro gasta em média 5,66% da renda para usar o serviço, contra 7,5% em 2008. A taxa é mais de cinco vezes a que as operadoras cobram na Europa, e apenas 40 países de um total de 161 economias analisadas tem serviço de telefonia móvel mais cara que o Brasil - quase todos as economias mais pobres do mundo. Em Mianmar, por exemplo, o custo do celular chega a 70% da renda média de um cidadão.

Entre 2008 e 2009, o Brasil foi um dos 20 países que mais cortaram custos com celulares. Mas, ainda assim, todos os países do Bric e todos os sul-americanos pagam menos pelo celular que os brasileiros. A Bolívia é a única na região que tem um celular mais caro. Macau, Hong Kong, Dinamarca e Cingapura são os locais mais baratos para o celular, onde o serviço é responsável por meros 0,1% da renda média.

Hoje, 78% dos brasileiros têm um celular, contra 63% em 2008. Em 2002, essa taxa era de 19,5%. Em 2009, 4,6 bilhões de celulares estavam em funcionamento no planeta. Este ano, o número chegará a 5 bilhões.

No Brasil, o preço do telefone fixo ainda sofreu a segunda maior queda no mundo entre 2008 e 2009. A redução foi de 63%, superado apenas pela Rússia. O custo médio passou de 5% da renda de uma família para 2,1% em 2009. Diante da queda, o número de telefones aumentou. Em 2007, eram 20% da população com telefone fixo. Em 2008, essa fatia chegou a 21,7%. Mas 85 países ainda têm tarifas mais baratas que as do Brasil.

INTERNET

Em termos de acesso à internet em banda larga, a UIT aponta que os custos no Brasil estão bem acima da média dos países ricos. Uma assinatura de banda larga exigia 9,6% da renda de um brasileiro em 2008. Em 2009, a taxa caiu para 4,58% da renda, uma redução de 52%.

Entre todos as economias analisadas, a UIT estima que 70 países têm um serviço de internet mais barato que o do Brasil. Outros 91 países têm uma internet ainda mais cara que no País, entre eles a China e Índia, em comparação à renda.

Para a UIT, o acesso à banda larga é o real espelho do desenvolvimento de um País na difusão da internet. E, nesse critério, a situação brasileira ainda está longe do ideal. O acesso passou de 4% da população em 2007 para 5,2% em 2008. No Brasil, o custo médio é de US$ 28,00. Nos países mais caros, a banda larga ainda pode custar US$ 1,8 mil por mês, como em Burkina Fasso, ou US$ 1,6 mil em Cuba.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Serra tenta tirar palanques do PSB de Dilma

Enquanto o PT prioriza a aliança com o PMDB e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não tem a sua situação definida na disputa deste ano, o governador José Serra (PSDB) avança sobre os palanques que o PSB monta para a ministra Dilma Rousseff (PT), principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Apesar de ainda não assumir sua candidatura, Serra teria destacado vários tucanos para negociar com o PSB nos estados.

— A indefinição do Ciro e os acertos do PT com o PMDB nos estados bagunçou nossos palanques.

Tirando Pernambuco e Ceará, não há mais garantia de nada para Dilma. Serra está fazendo boas propostas. Ele é frio, mas muito eficaz na política — diz um dirigente do PSB.


Tucanos procuram acordos em nove estados Serra e seus enviados já teriam procurado acertos em nove estados: Mato Grosso, Piauí, Amazonas, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná e Espírito Santo.

O secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande, précandidato ao governo do Espírito Santo, disse que tem conversado com o PSDB em seu estado, mas que se trata de “uma relação local”. O deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), da direção nacional do PSDB e também pré-candidato, disse que vem tentando uma dobradinha com Casagrande.

— Dilma já tem palanque no Espírito Santo com o Ricardo Ferraço (PMDB, vice-governador atual, apoiado pelo PT). E as eleições não são verticalizadas.

Não podemos descartar nada. As chances do Serra com o PSB são pequenas, mas digamos que ele não terá nossa hostilidade — diz Casagrande.

— O fato é que a aliança do PT com o PMDB precipitou muito o processo nos estados.

Acho difícil o PSB apoiar o PSDB, mas em política nada é impossível — disse Lucas.

A decisão sobre a candidatura própria do PSB à Presidência está longe de se definir. Amanhã, Ciro se encontra com os representantes dos nove partidos que formam a base aliada de Dilma em São Paulo. Os dirigentes vão insistir na candidatura de Ciro ao governo de São Paulo. Mas a tendência é que ele só decida após uma conversa com o presidente Lula, prevista para 15 de março. O PT tenta antecipar o encontro, preocupado com o esfacelamento da base no estado.

— Caso Ciro não seja candidato em São Paulo, teremos três candidatos: Paulo Skaf (presidente da Fiesp recém-filiado ao PSB), Celso Russomano (PP) e outro do PT. Separados, nenhum de nós vencerá Geraldo Alckmin (PSDB), e Serra terá pelo menos 6 milhões de votos no estado.

Assim, será muito difícil Dilma vencer nacionalmente — disse outro dirigente da base de Dilma em São Paulo.

Aécio e Serra vão se encontrar nos próximos dias Ao chegar ontem de uma temporada de 11 dias no exterior, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), minimizou o crescimento de Dilma nas pesquisas e sua exposição pública, após o congresso que a lançou pré-candidata do PT. Sob o argumento de que a campanha só começa com a propaganda eleitoral, Aécio disse não se afligir com a presença dela na mídia, enquanto Serra fica em silêncio. Para ele, que ontem inaugurou um hospital em Sabará (MG), o paulista se manifestará na hora certa: — Cabe a ele encontrar o caminho e o momento adequados dessa manifestação. Continuo tendo grande confiança nas suas possibilidades de vitória — disse Aécio, confirmando que encontrará com Serra nos próximos dias.

Kassab gasta R$ 470 mi com empresas que doaram a Kassab

Empresas que doaram para a campanha do prefeito Gilberto Kassab em 2008 -citadas como um dos motivos para a cassação do democrata- receberam mais de R$ 470 milhões entre 2008 e 2009. Esse é o valor liquidado segundo o sistema de monitoramento de gastos.

Camargo Corrêa, OAS, Carioca Christiani Nielsen, Engeform e S/A Paulista doaram R$ 6,8 milhões para a campanha de Kassab à reeleição.Esse tipo de doação para campanhas não é novidade.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dilma exalta Lula e diz que Brasil não voltará ao passado

A uma semana de ser lançada no Congresso do PT como candidata do partido à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, A ministra Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o Brasil não viverá uma volta ao passado.

Em inauguração de um conjunto habitacional em Goiânia, Dilma exaltou o governo Lula e o programa Minha Casa, Minha vida, afirmando estar em construção um "país novo".

"O governo pensa primeiro no povo, não pensa primeiro nos ricos", disse Dilma em palanque ao lado do presidente Lula e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, entre outras autoridades.

"Esse caminho que foi aberto ninguém vai mais deixar voltar para o passado."

A viagem de Lula e Dilma a Goiânia ocorreu um dia depois de Meirelles ter anunciado que abriria mão de concorrer ao governo do Estado de Goiás. Filiado ao PMDB, Meirelles é cogitado para ocupar a vaga de vice na chapa de Dilma à Presidência.

Beija-Flor mostrará Brasília sem corrupção

Brasília passará pela Marquês de Sapucaí sem corrupção nem política, apesar do escândalo que levou à prisão o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, principal patrocinador do desfile da Beija-Flor.

A tradicional escola de Nilópolis, que tem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ilustre torcedor, se viu no centro de um furacão devido ao suposto envolvimento de Arruda num esquema de pagamentos de propina, uma vez que o governo do DF é o responsável por financiar o enredo da agremiação sobre os 50 anos da capital federal.

A escola garante, no entanto, que a folia não vai se misturar com a política. Escolhida pelo Distrito Federal para receber o patrocínio do governo, estimado na casa dos R$ 3 milhões, a escola garante que seu desfile não vai abordar nem de longe os assuntos políticos.



"Nem um pouco, a gente nem cita nada de política", disse à Reuters o carnavalesco Fran Sérgio, um dos integrantes da comissão de carnaval da escola.

A Beija-Flor afirma que recebeu um pedido do governo distrital para se concentrar na história da cidade com seu enredo "Brasília 50 anos - Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, capital da esperança".

"Eles querem mostrar o cinquentenário da cidade, a história, a saga dos candangos, de Juscelino Kubitchek, mostrar como a cidade é linda e uma ótimo lugar para se viver", afirmou Fran Sérgio.

Arruda, que pediu licença do cargo após ter a prisão preventiva decretada na quinta-feira, 11, teve um pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta, 12.

Se na passarela a política não terá vez, a expectativa é que o ano eleitoral agite os camarotes da Sapucaí, com as possíveis presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de sua pré-candidata à sucessão, ministra Dilma Rosseuff, e do pré-candidato da oposição José Serra.

Em 2009, o presidente Lula aceitou convite do governador fluminense, Sérgio Cabral, para acompanhar o desfile do camarote oficial e vibrou com a passagem da Beija Flor pela avenida.

Para a escola, no entanto, a presença de seu torcedor mais ilustre "não tem nada demais", segundo o carnavalesco.

Celebridades nos camarotes

Além da esperada presenças dos políticos, os camarotes este ano prometem reunir mais do que as habituais estrelas de tevê, com direito a presença de celebridades mundiais como a popstar Madonna e a modelo Paris Hilton.

Em ano ainda de Copa do Mundo, jogadores da seleção brasileira também vão comparecer, uma vez que a camisa reserva que a equipe usará na África do Sul será lançada oficialmente durante os desfiles no camarote de um dos patrocinadores da CBF.

Os mais de 70.000 espectadores esperados por noite vão acompanhar desfiles com temas desde o México (Viradouro) até a integração digital (Portela), passando pelo poeta de Noel Rosa (Vila Isabel), o segredo (Unidos da Tijuca) e a história da própria Marquês de Sapucaí (Grande Rio).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Serra quer mudar nome da Polícia Militar

O governador José Serra (PSDB) encaminhou à Assembleia Legislativa uma Proposta de Emenda Constitucional que muda o nome da Polícia Militar, adotando nome de Força Pública, usado durante 67 anos pela corporação. A denominação foi utilizada durante três períodos distintos da vida republicana - o último deles foi encerrado em 1970, quando o Exército, durante o regime militar, impôs o atual nome à instituição, que surgira da fusão com a então Guarda Civil do Estado.

A PEC do governador Serra deve ser publicada hoje no Diário Oficial. Para a mudança ocorrer, os deputados estaduais devem aprová-la por dois terços dos votos em dois turnos. A proposta estava em estudo no comando da PM desde o ano passado. Ela havia sido encaminhada pelo comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, à Secretaria da Segurança Pública em dezembro. O secretário Antônio Ferreira Pinto concordou com a proposta e a mandou ao Palácio dos Bandeirantes para a apreciação do governador. Serra decidiu que a mudança era necessária e oportuna.

Para o governo, ela será uma forma de aproximar a polícia da população. A Força Pública continuará sendo a Polícia Militar de São Paulo, conforme previsto pela Constituição Federal - esta determina que a segurança pública no País é divida entre polícias Federal, Militar e Civil. Será, no entanto, a primeira corporação a retirar o termo “militar” de seu nome no País - no Rio Grande do Sul existe a Brigada Militar e todos os demais Estados têm PMs.

A necessidade de PEC para mudar o nome ocorre porque a Constituição do Estado de São Paulo determina que o nome seja Polícia Militar, o que não ocorre com a Constituição Federal. “Não se quer mudar o nome para mudar a polícia”, disse o comandante-geral, Álvaro Batista Camilo, aos seus subordinados. Camilo e o subcomandante-geral, coronel Danilo Antão, enfrentaram resistências entre oficiais do Estado Maior da corporação, que viam no resgate do nome a lembrança de uma época em que a corporação era mais uma espécie de exército estadual, como a Guarda Nacional nos EUA, do que uma polícia. Também se ressentiam da ausência do termo “polícia”.

Os argumentos favoráveis à mudança, além do resgate histórico, era o fato de Força Pública ser a designação dada pela Declaração dos Direitos do Homem de 1789 feita pela Revolução Francesa, que dizia que “a garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública”. Todas as datas comemorativas da PM e até mesmo seu hino mantém ainda hoje a menção e a memória da antiga Força Pública, pois no processo de junção desta com a Guarda Civil, prevaleceu na corporação a cultura da Força Pública. O alvo principal é a retirada da palavra militar do nome da polícia. Ela seria mais um passo no processo iniciado nos 90 com as políticas de polícia comunitária.

HISTÓRICO DA PM
1831: é fundada a Guarda Municipal Permanente

1837: a guarda se transforma em Corpo Policial Permanente

1866: com o engajamento na Guerra do Paraguai, passa a se chamar Corpo Policial Provisório

1871: com o fim da guerra, volta a ter permanente no nome

1891: após a proclamação da República, é adotado pela primeira vez o nome Força Pública
1901: o nome passa a ser Força Policial

1905: a corporação volta a ter o nome Força Pública

1939: o interventor do Estado Novo muda-lhe o nome para Força Policial

1947: a corporação retoma seu nome de Força Pública

1970: o governo militar impõe a fusão da Força com a Guarda Civil e a adoção do nome Polícia Militar

Aliado de Arruda assume presidência do Legislativo

A base aliada ao governador José Roberto Arruda (ex-DEM) conseguiu retomar o comando da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Por 15 votos a sete, o deputado Wilson Lima (PR) foi eleito presidente da Casa para mandato de um ano derrotando o deputado Cabo Patrício (PT). Lima era primeiro secretário na gestão de Leonardo Prudente (ex-DEM), flagrado colocando dinheiro de suposta propina nas meias, que renunciou ao cargo na semana passada.

Aliado do governador, o parlamentar assume o comando do legislativo local em meio à crise política que teve início com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga suposto esquema de arrecadação de dinheiro de empresas contratadas pelo governo e distribuição de propinas a secretários e deputados distritais. Arruda é citado no inquérito policial como chefe e principal beneficiário do esquema, que ficou conhecido como “Mensalão do DEM”. Como líder da Casa, o parlamentar do PR será responsável pela condução dos processos de impeachment do governador .

Deputado há três mandatos, Lima é natural de Ceres, Goiás, e foi subsecretário de Alimentação e Promoção Social em 2002, no governo Joaquim Roriz (PSC). Filiado ao PR, ele já passou pelo PSD, PTB e PMDB e foi secretário-geral do Prona no DF. O site da Câmara informa que ele tem ensino médio completo e, antes de ser parlamentar, foi 'vendedor de picolés, frentista, mecânico, lanterneiro, pintor, balconista e cobrador de ônibus' e que, como empresário, 'foi sócio da rede de supermercados Organizações Lima'.

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