sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Desemprego tem menor taxa para janeiro: 7,2%

O mercado de trabalho brasileiro começou o ano aquecido. A taxa de desemprego de janeiro foi de 7,2%, a mais baixa para o mês desde 2003, informou ontem o IBGE. No mesmo mês de 2009, ficara em 8,2%. Frente a dezembro, a desocupação subiu, o que ocorre todo início de ano, diante da dispensa de trabalhadores temporários contratados para o período de Natal. Porém, este ano, a alta sazonal no desemprego em janeiro foi a menor já captada pelo levantamento.

Em dezembro, o desemprego estava no menor nível da série histórica, atingindo 6,8% da força de trabalho das seis regiões metropolitanas acompanhadas pelo IBGE.

Anteontem, o Dieese divulgou a sua taxa de desemprego, que também foi a menor para janeiro desde 1998, ficando em 12,6%. E, na semana passada, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 181 mil empregos com carteira assinada em janeiro, o melhor resultado para o mês desde 1992, quando teve início a estatística.

Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), afirma que o cenário mais favorável da economia está se refletindo no mercado de trabalho. Ainda há 1,687 milhão de trabalhadores desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, mas esse contingente chegou a superar dois milhões entre março e maio do ano passado.

- Por fatores sazonais, o desemprego sempre sobe em janeiro, mas, no mês passado, essa elevação foi a menor desde 2003 (a pesquisa começou em março de 2002).

Outro sinal positivo do levantamento apareceu na qualidade do emprego, segundo Azeredo. Das 451 mil vagas abertas em um ano, na comparação com janeiro de 2009, 73,8% foram com carteira assinada: - Os resultados mostram o mercado de trabalho com mais vigor, tanto que a absorção de temporários foi mais intensa que nos outros anos.

O diretor do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia, afirma que os números de janeiro indicam que 2010 poderá ser o melhor ano do mercado de trabalho desde que existe a atual pesquisa do IBGE.

- No início de 2009, era impensável falar na criação de um milhão de vagas formais, como aconteceu (no ano passado). Poderemos ter a menor taxa de desemprego da pesquisa.

Mesmo com a inflação maior em janeiro, o rendimento médio do trabalhador subiu 1,1%, refletindo a dispensa de temporários, que ganham menos. Esse movimento fez a média dos salários aumentar de R$ 1.359,17 para R$ 1.373, de dezembro para janeiro. Já na comparação com janeiro de 2009, houve queda de 0,4% na renda. A massa de salários (total dos rendimentos de todos os ocupados) cresceu 2,1% frente a janeiro de 2009.

- Isso indica que a demanda na economia continuará aquecida - diz Saboia.

Indústria espera aumento de produção e emprego O otimismo dos industriais brasileiros recuou ligeiramente em fevereiro, para 67,8 pontos, contra 68,7 em janeiro. Mas a confiança em relação ao desempenho da economia neste ano continua elevada, bem acima da média de 50 pontos, em uma escala de zero a cem, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado ontem pla Confederação Nacional da Indústria (CNI).

- As empresas estão esperando um bom ano, com aumento de produção, de horas trabalhadas e do nível de emprego - disse o economista da CNI, Flávio Castelo Branco.

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