Na reta final para concluir os mais de 18 meses de trabalho, a CPI dos Grampos deve ser encerrada em meados de maio sem grandes avanços. Em março, a comissão ganhou fôlego depois da revelação de que o delegado Protógenes Queiroz teria espionado autoridades públicas no curso da Operação Satiagraha, ação da Polícia Federal que prendeu o banqueiro Daniel Dantas em julho de 2008. Esperançosos de que comprovariam a suspeita de grampo ilegal feito por Protógenes, os deputados da comissão decidiram abrir duas vertentes na investigação parlamentar. A primeira era a análise do inquérito que apura o vazamento de informações da Satiagraha. A segunda era tomar os depoimentos de Protógenes, Daniel Dantas e do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda. Parlamentares debruçaram-se sobre o inquérito remetido pela Justiça paulista em busca das suspeitas de abusos cometidos pela equipe de Protógenes. Nada encontraram. Então, a CPI apostou nos depoimentos. Na guerra de versões, nenhum esclarecimento para os trabalhos.
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